Católicos de direita

Todo dia a direita descobre algum sujeito nefasto para apoiar. Agora é um tal de Frei Gilson. Com um discurso exacerbadamente misógino, fascista até a raiz dos cabelos, o padreco tem apoio de milhares de seguidores “religiosos”. Chamou a atenção dos brucutus de extrema direita bolsonaristas, foi apoiado pelo ridículo Nikolas Ferreira. O “santo” homem recusou-se a rezar pelo Papa doente, considera o chefe da Igreja Católica comunista. Como sou ateu, não deveria estar me metendo em assuntos dos que creem no demônio disfarçado de Deus, e desejam o mal dos outros. Até por serem “gente” insignificante, do mal, logo cairão em esquecimento. Fosse o Papa e excomungava de uma vez esse idiota, obrigava a jogar a batina no lixo, o verme não tem estofo para usá-la.

Tem sido difícil encarar a sanha destra que nos invadiu. Cismaram agora com a impopularidade (a imprensa inventou) do Presidente Lula, querem aproveitar a mentira (sempre foram mentirosos) para tentar conseguir anistiar o mito genocida. Ele tem que ser preso rapidamente, lugar de facínora é na cadeia.

Enquanto deixarem a “família Metralha” circulando livremente, seremos obrigados a ler notícias que falam da indisposição entre ex-primeiras damas e filhos patetas de bandidos. Por mim prendia também o que está nos Estados Unidos, “patrioticamente” fazendo campanha contra o próprio país e a democracia que sempre desrespeitou.

É isso. Cadeia, excomunhão, o fascismo precisa ser enfrentado!

 

 

Ricardo Ramos Filho é escritor, professor de Literatura e orientador literário. Graduado em Matemática pela PUC-SP e doutor em Letras pela USP, ministra cursos e oficinas. É presidente da União Brasileira de Escritores (UBE). Como sócio proprietário da Ricardo Filho Eventos Literários, atua como produtor cultural, tendo sido curador da FLIBI (Festival Literário de Birigui – 2022), do Prêmio São Paulo de Literatura (2023) e da FLIRP (Feira Literária de Ribeirão Pires -2024). Faz parte do Conselho Administrativo da SP Leituras, e do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta. Publicou cerca de trinta títulos infantis e juvenis, como Computador sentimental (1992), vencedor do Prêmio Adolfo Aizen, O livro dentro da concha (2011), selecionado para o catálogo FNLIJ para a Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha em 2012, Feiticeira (2014) e Maria vai com poucas (2018), além de livros adultos, como Conversa comigo (2019) e Cidade aberta, cidade fechada (2023), de crônicas. Lançará em 22 de março, na Patuscada, espaço da Editora Patuá, às 17 horas, seu primeiro romance: Toda poeira da calçada.

O canto da justiça

A justiça do Rio de Janeiro negou habeas corpus em processo movido por Fernanda Lima contra o cantor sertanejo Eduardo Costa.

Confesso que nunca havia ouvido falar no sujeito. Até por ter total desinteresse pelo universo musical que ele representa. Causa-me surpresa que essa “gente” encontre espaço, lugar de fala, seja conhecida e faça sucesso entre os jovens. O rapaz teria chamado Fernanda de “imbecil”, afirmado que o programa comandado por ela era “esquerdista” e “destinado a bandidos e maconheiros”, além de sugerir que Fernanda se utilizava de “mamata” na emissora. E completou: “Essa imbecil com esse discurso esquerdista! Ela pode ter certeza de uma coisa, a mamata vai acabar, a corda sempre arrebenta pro lado mais fraco e o lado mais fraco hoje é o que ela
está…”

Eu fico feliz quando tais manifestações são punidas pela lei. Vejo com certa alegria o desespero deles. São conservadores, defendem escolas sem partido, trazem invariavelmente discursos homofóbicos, racistas, misóginos (aliás, a misoginia é característica do gênero sertanejo), acabam sempre nos braços de um Deus estranho, comandado por pastores que se locupletam diariamente.

Tenho certeza de que se enganam. Podem comemorar e achar que ocuparão a Presidência da República em chapa com Ronaldo Caiado (nosso antigo inimigo) e o horrível Gusttavo Lima. Já repararam como essa turma vazia gosta de dobrar as consoantes em seus nomes? Podem considerar-se fortes. Mas são fracos, insossos, inodoros, porque não possuem lastro.

O Brasil já se apequenou uma vez. Não repetirá o engano!

 

 

Ricardo Ramos Filho é escritor, professor de Literatura e orientador literário. Graduado em Matemática pela PUC-SP e doutor em Letras pela USP, ministra cursos e oficinas. É presidente da União Brasileira de Escritores (UBE). Como sócio proprietário da Ricardo Filho Eventos Literários, atua como produtor cultural, tendo sido curador da FLIBI (Festival Literário de Birigui – 2022), do Prêmio São Paulo de Literatura (2023) e da FLIRP (Feira Literária de Ribeirão Pires -2024). Faz parte do Conselho Administrativo da SP Leituras, e do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta. Publicou cerca de trinta títulos infantis e juvenis, como Computador sentimental (1992), vencedor do Prêmio Adolfo Aizen, O livro dentro da concha (2011), selecionado para o catálogo FNLIJ para a Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha em 2012, Feiticeira (2014) e Maria vai com poucas (2018), além de livros adultos, como Conversa comigo (2019) e Cidade aberta, cidade fechada (2023), de crônicas. Lançará em 22 de março, na Patuscada, espaço da Editora Patuá, às 17 horas, seu primeiro romance: Toda poeira da calçada.

Direita vou ver

Certamente não carecia de explicação, mas como pretendo que a direita leia também, se é que eles são versados em leitura, prefiro começar com tudo muito claro.

Direita vou ver é uma alusão jocosa ao comando Direita volver, ordem de formação emitida pelos milicos. Após o grito dado por um superior, os soldadinhos todos se voltam para a direita, em um gesto coletivo e síncrono.

Pretendo aqui neste espaço observar as falcatruas da extrema direita, dos fascistas que de uma hora para outra, sabe-se lá a razão, passaram a se multiplicar no planeta. Gente que precisa ser contida, denunciada, enfrentada, afinal são pessoas que desejam a destruição do mundo. Para eles não há flor, passarinhos, beleza. Porque a morte é o grande barato desses bandidos.

Estão por aí desejando o fim do Papa, um santo homem, apenas por ele cuidar bem de seu rebanho e defender os fiéis das injustiças. Aliás, se enchem a boca clamando por Deus, não é certamente um Todo Poderoso bom. É um Ele que obedece a pastores mais interessados em arrecadar dízimos do que difundir amor. E vê Seus devotos chamarem todos os que pensam diferente de comunistas. Deve concordar, pois nada faz. É um Deus omisso.

Detestam a justiça, os pretos, as mulheres, os homossexuais, a natureza, a vida de maneira geral.

Vou ficar de olho neles. Direita vou ver!

 

 

Ricardo Ramos Filho é escritor, professor de Literatura e orientador literário. Graduado em Matemática pela PUC-SP e doutor em Letras pela USP, ministra cursos e oficinas. É presidente da União Brasileira de Escritores (UBE). Como sócio proprietário da Ricardo Filho Eventos Literários, atua como produtor cultural, tendo sido curador da FLIBI (Festival Literário de Birigui – 2022), do Prêmio São Paulo de Literatura (2023) e da FLIRP (Feira Literária de Ribeirão Pires -2024). Faz parte do Conselho Administrativo da SP Leituras, e do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta. Publicou cerca de trinta títulos infantis e juvenis, como Computador sentimental (1992), vencedor do Prêmio Adolfo Aizen, O livro dentro da concha (2011), selecionado para o catálogo FNLIJ para a Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha em 2012, Feiticeira (2014) e Maria vai com poucas (2018), além de livros adultos, como Conversa comigo (2019) e Cidade aberta, cidade fechada (2023), de crônicas. Lançará em 22 de março, na Patuscada, espaço da Editora Patuá, às 17 horas, seu primeiro romance: Toda poeira da calçada.